Movimentar o corpo é movimentar a vida. Rompendo com a qualificação do termo selvagem no mundo ocidental e colonial, tão associado à indisciplina, a experiência do “Sagrade Selvagem”, projeto da indígena Monique Xavier, se apropria do conceito a partir de um olhar decolonial, ou seja, que propõe a descolonização dos movimentos do corpo. Assim, enfatiza os instintos naturais valorizando as raízes dos povos originários. É a libertação total do corpo por meio da dança, entendendo-o como território.
A idealizadora do projeto, que é professora, performer e atuante da dança, além de ecofeminista e wayrakuna, prioriza nos movimentos e estudos a relação com a terra. A sensibilidade das criações são guiadas pela relação com a consciência de territorialidade e ancestralidade, são a junção do que lhe atravessa intimamente.
Recentemente, dia 16 de abril, Monique lançou a performance “INGÁ” em seu canal no YouTube. A produção é construída com base em memórias e narrativas da infância da sua avó materna, em Belo Jardim, Agreste de Pernambuco. Margarida Xavier de Araújo acompanhava sua bisavó, Maria Xavier de Araújo, que era lavadeira, até às margens do rio – onde costumava comer Ingá.
Encontre Monique no:
Instagram – @sagradeselvagem
YouTube – Monique Xavier Simas