Estudo realizado pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde – Instituto Gonçalo Muniz – Fundação Osvaldo Cruz (CIDACS/Fiocruz Bahia) juntamente com o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC-UFBA) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA Brasil) .
A publicação traz dados, coletados no período de 2008 a 2019, sobre as condições relacionadas à gravidez de meninas, especialmente desigualdades estruturais de raça e gênero. Na primeira faixa etária, de 10 a 14 anos, o maior percentual de nascidos vivos foi identificado entre as meninas indígenas e o número chegou a ser 4 vezes maior quando comparado com dados encontrados sobre meninas brancas.
A pesquisa faz um alerta sobre a incidência dos casamentos infantis, onde pelo menos um cônjuge está abaixo dos 18 anos e, na América Latina, são frequentemente constituídos por homens adultos e meninas na fase da infância e adolescência.
A maior incidência de violência sexual foi sofrida por adolescentes negras (pretas e pardas) com 64,18% do total de casos. Além disso, a maioria dos casos relacionados a esse tipo de violência, 63,16%, aconteceram em ambiente doméstico.