
Raça, gênero, ancestralidade e tradição. Com entrevistas a quatro mulheres fundamentais para a cultura da cidade Lagoa Santa, em Minas Gerais, a jornalista mineira Maria Luiza Damião lança luz sobre a importância – muito pouco contada – das mulheres negras na construção histórica do país. São conversas sobre identidade, legado e pertencimento.
No podcast “Em volta do tacho”, Dona Lôra, Maria José, Beth e Adélia contam suas histórias, relação e contribuição com a culinária local, por meio de saberes passados por gerações. As convidadas são integrantes da Roda das Doceiras da Lapinha, projeto turístico da cidade de Lagoa Santa, que abarca 12 mulheres.
O tacho, material de cobre que dá nome ao podcast, é usado para mexer o doce, que é cozinhado à lenha. Em 2017, o modo artesanal de fazer os doces e as quitandas da Lapinha foi registrado como Patrimônio Imaterial do Município.
A tradição do doce sobreviveu por gerações e surgiu ainda no século 18, quando mulheres na condição de escravizadas cozinhavam nas fazendas coloniais. Os doces eram comuns em Portugal e foram adaptados com frutas e materiais ricos no Brasil. Séculos depois, passados para as próximas gerações, começaram a ser comercializados como forma de sobrevivência econômica das mulheres.
A força presente no legado passado entre as mulheres das famílias tem um papel econômico, cultural e histórico para a cidade e para as mulheres da Lapinha. Hoje, a tradição é encontrada no Quintal da Lapinha, restaurante self-service com comida mineira.
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