Fundado por militantes do Movimento Negro, em Olinda, no ano de 1995, nascia o Afoxé Alafin Oyó que se expressa por meio da musicalidade, da dança e do canto o compromisso de valorização com a história preta e a resistência contra o racismo religioso, desde 1986. Apesar da ligação com o terreiro ser essencial para a agremiação, que tem Xangô como patrono, no momento em que foi fundado, pessoas sem ligação com a religião podiam se juntar ao grupo e sair às ruas como símbolo de coletividade e luta da população preta. A relação horizontal e democrática é uma das marcas do grupo.
Nomeada de “Associação Recreativa Carnavalesca Afoxé Alafin Oyó”, a relação com o carnaval é inerente à história do grupo, mas o Alafin Oyó passou a sair às ruas com o objetivo político tanto de posicionamento e reivindicação de direitos violados, como pela reafirmação da identidade negra. Ainda vivenciando a ditadura militar e os vestígios do período, mesmo após o fim do regime, o Afoxé resistia contra tentativa de censura e apagamento do legado deixado pelos ancestrais. Conforme o Presidente Fabiano Santos relata, os encontros e as apresentações eram limitados pelo racismo e os resquícios de censura do período da Ditadura Militar.
O sentimento fraternal de grupo está presente no Balé, nos ensinamentos passados dos mais velhos aos mais jovens e na continuação do legado ancestral. Os participantes relatam que cresceram dentro do afoxé e foi através dele que aprenderam a valorizar e defender a identidade negra. Desde os movimentos das coreografias aos cantos e toque dos instrumentos, o balé reverencia cada divindade. Em importante contribuição à comunidade, após o carnaval, são ministradas oficinas de percussão, dança e canto para pessoas de todas as idades e gêneros.
Ensaios abertos: Domingo, às 10h, na sede do Afoxé, que fica localizada R. do Sol, 284 – Carmo, Olinda.
Conheça mais sobre o Afoxé Alafin Oyó:
Instagram – @alafineusou
Youtube – https://www.youtube.com/c/Afox%C3%A9AlafinOy%C3%B3Oficial