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CNDE publica carta aberta à população contra a PEC 13/2021

| 24 de agosto de 2021

A campanha Nacional pelo Direito à Educação, CNDE, publicou hoje uma carta aberta à população reiterando posicionamento contrário à Proposta de Emenda Constitucional 13/2021, de autoria do senador  Marcos Rogério (DEM-RO). O projeto visa desobrigar estados e municípios de cumprirem com os percentuais mínimos de investimentos na educação pública. Hoje o menor teto é de 25% da arrecadação de impostos para as despesas de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE).

Entre as despesas previstas no MDE, só para citar algumas, estão:  transporte escolar, material didático, pagamento de professores, manutenção dos imóveis e aquisição de equipamentos. A aprovação da PEC pode retirar a responsabilidade dos agentes públicos na obrigação de garantir o percentual mínimo para o investimento na educação pública, colocando em risco a qualidade do ensino no Brasil, especialmente no momento de regresso às atividades presenciais nas escolas, onde as unidades de ensino precisarão de investimentos que garantam um retorno seguro e saudável  para estudantes e profissionais da educação.

A carta da CNDE traz seis razões que embasam a recusa à PEC 13/2021, entre elas a de número  5) “A suspensão das aulas trouxe, de fato, a redução de algumas despesas específicas, como o transporte escolar. Poderiam ter sido contratados mais professores, fazendo classes com menor número de alunos [adaptadas à forma remota]. Similarmente, as escolas poderiam ter investido na aquisição de tablets e na oferta de banda larga para seus alunos.”. O documento é assinado por Andressa Pellanda, coordenadora geral da Campanha.  “O direito à educação é o primeiro listado pela Constituição Federal de 1988 e não pode ser ainda mais impactado pela aprovação de políticas de desfinanciamento, que são irresponsáveis e violadoras de direitos”, afirma a coordenadora.  A seguir confira na íntegra a carta aberta à população da Campanha Nacional pelo Direito à Educação:

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