Rolezinho

A matriarca do coco

| 22 de abril de 2022

Situada no sítio histórico de Olinda, Amaro Branco é uma comunidade formada por pescadores e ex-escravizados, cujo destaque se deu pela efervescência das rodas de coco. Desde o seu surgimento, o local preserva expressões artísticas que resistem ao tempo e são preservadas pelas (os) moradoras (es) , que são os principais autores e atrizes da memória coletiva da comunidade onde vivem.

Uma das figuras de resistência é a Dona Glorinha do Coco. A Matriarca do Coco, como é conhecida, tem a história entrelaçada à história de Amaro Branco, e aos 87 anos, é a mais antiga mestra da comunidade, onde reside desde que nasceu.

Muito embora tenha localização central no sítio histórico da cidade, o bairro do Amaro Branco lida com a invisibilidade e o descaso dos políticos há anos, seja na cultura, segurança ou saneamento, os moradores sofrem com fatores que os expõem às diferentes violências e negligências. Pensando na necessidade de dar visibilidade e registrar a tradicional dança de origem afro e indígena, a artista e produtora cultural Isa Melo idealizou, em 2001, o Centro Cultural Coco do Amaro Branco, entidade de referência cultural local.

Vivendo as rodas de coco desde muito nova, a mestra continua no comando, cantando e encantando, nas sambadas e marcará presença ilustre no Espaço Casarão no próximo domingo, 24. Corre para testemunhar e vivenciar o Coco do Amaro Branco com Dona Glorinha. A partir das 16h no Espaço Cultural Casarão, na Boa Vista, Rua da Santa Cruz, 190. A atividade é gratuita.

Para conhecer mais sobre o trabalho e a história de Dona Glorinha acesse o seu perfil no Instagram: @donaglorinhadococooficial ou no Youtube. Acesse também uma matéria especial que fala sobre a trajetória da artista assinada pela nossa editora Lenne Ferreira para a Revista Continente.

Share This