Mahommah Gardo Baquaqua nasceu em uma família muçulmana no final dos anos 1820, no reino de Bergoo, (atual Borgoo, no atual Benin), na África Central. Vivenciou o sequestro colonial e foi um ex-escravizado na África e no Brasil. A sua biografia é a única de um ex-escravo brasileiro que existe. Com uma narrativa ímpar, Baquaqua retrata a cultura na África no século XIX, especialmente da região onde viveu, além de relatar o contexto histórico de escravidão no Brasil.
Baquaqua foi escravizado na África antes de ser comercializado como escravo para o Brasil. Em 1847, dois anos após a sua vinda, onde trabalhou para um padeiro no Nordeste e depois em um navio no Rio de Janeiro, fugiu para Nova Iorque, conquistando a liberdade, uma vez que a escravidão era proibida na cidade. Foi vivendo nos Estados Unidos, depois de aprender inglês, que o homem conseguiu dinheiro emprestado e publicou a sua obra biográfica na língua inglesa. A obra foi traduzido por Fábio Ribeiro de Araújo.