A pesquisa “Juventudes e a Pandemia do Coronavírus – 2ªedição” seguiu os métodos de coleta de dados estabelecidos na 1ªedição: por meio de dinâmica de coleta “bola de neve”, foi promovida uma ampla mobilização de redes institucionais e redes de relacionamento de jovens. Para alcançar o expressivo número de 68 mil jovens alcançados em todos os estados brasileiros, as instituições parceiras desta iniciativa e o grupo de jovens pesquisadores convidaram outras organizações da sociedade civil, coletivos juvenis, secretarias estaduais e municipais de juventudes, educação e assistência social a disseminarem o questionário e incentivarem a participação nessa escuta, que se deu por adesão voluntária. Ainda que não seja possível calcular a margem de erro de amostragem, a diversidade de conexões constituídas no processo amplia a diversificação de perfis e aproxima a coleta de segmentos específicos populacionais, com ampla cobertura territorial e abrangência temática. Mais uma vez, os 68 mil jovens que se engajaram para responder o questionário têm, como esperado e verificado na 1ªedição,um perfil de conexão direta ou indireta com instituições educacionais e/ou que atuam com as juventudes; dispõem de modos de conexão para estar online (por recursos próprios ou não);têmsuficientedomíniodeleituraparainteragircomoquestionáriodeformaautônoma;alémde terem tempo disponível e estímulo para contribuírem com a pesquisa. Conscientes dos limites e das potencialidades dessa escolha metodológica, seguimos apostando no valor dessa produção de conhecimento, que diante da urgência do tema e das limitações impostas pelo contexto de distanciamento social, têm alto potencial para amplificar a voz de um grupo tão significativo de jovens, trazendo evidências que inspirem e orientem decisões de políticas públicas e ações no campo da sociedade civil para enfrentar os efeitos da pandemia.