Estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) cuja publicação se deu em abril de 2021 – um ano após o início da pandemia e da suspensão das aulas presenciais no Brasil. Nos dados, nitidamente se reflete que exclusão e expulsão escolar têm classe e cor. Assim, antes da crise sanitária, e após ter se instalado no país, crianças e adolescentes pobres, pretas(os), pardas(os) e indígenas já eram as/os mais afetadas/os no seu direito à educação – traduzido no acesso, qualidade e permanência do vínculo escolar. Segundo dados do Fundo, colhidos da Pnad-Covid 2020, já em novembro deste mesmo ano, “mais de 5 milhões de meninas e meninos de 6 a 17 anos não tinham acesso à educação no Brasil. Desses, mais de 40% eram crianças de 6 a 10 anos, faixa etária em que a educação estava praticamente universalizada antes da pandemia.” Nesse cenário, o estudo também destaca requerer cuidados o fato de que na faixa etária relativa ao Ensino Médio, o percentual de meninas fora da escola seja maior. Uma das recomendações do estudo é de que haja um esforço intersetorial entre as áreas da educação, saúde, assistência social, junto com outros atores políticos – como organizações sociais, setor privado e toda a sociedade – para se investir na Busca ativa de crianças e adolescentes que estão fora da escola.